quarta-feira, 14 de maio de 2008

Projeto Som e movimento


I – JUSTIFICATIVA-
Tudo a nossa volta é movimento, a terra gira, o sistema solar gira, nosso corpo gira e a criança é movimento o tempo todo.
O som está interligado ao movimento. Percebemos isso, quando o primeiro provoca o segundo e temos a dança: ou quando o segundo provoca o primeiro e temos a musica.

Poesia
CRIANÇA É MOVIMENTO
Criança é braços soltos no ar,
é pernas que saltam sem medo
no balanço, no gira-gira,
no escorregador, na cama elástica
desafiando seus próprios limites.
Criança corre como gazela,
baila como borboleta
e sonha voar como passarinho.
Criança é movimento.
É o movimento da vida.
(Rosmari)



II – OBJETIVOS –
- Explorar e utilizar tanto os movimentos elaborados como os movimentos amplos;
- Desenvolver atitudes de confiança nas próprias capacidades motoras.
- Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;
- Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo buscando controlar os próprios movimentos;
- Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais.

III – METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS –
- Conversas.
- Explorar e manusear materiais diversos.
- Jogos e brincadeiras.
- Contação de histórias.
- Pesquisa.
- Atividades gráficas como: desenho, pintura e recorte e colagem.

IV – RECURSOS –

- Livrinhos de histórias, brinquedos, instrumentos musicais, CDs, aparelho de som, papeis diversos, tesoura, cola, canetinhas, giz de cera, revistas, e almofadas.


V - DURAÇÃO –

Um mês e meio.


VI – CONTEÚDOS TRABALHADOS:

- Histórias, brincadeiras, músicas, expressão corporal, brincadeiras com o corpo, brincadeiras dirigidas, brincadeiras cantadas, contato com elementos escritos, ampliação do vocabulário, desenho como representação gráfica, identificação dos diferentes tipos de sons e imitação (onomatopéia).

VII – ATIVIDADES:

- Utilização do “saco de histórias” contendo objetos que produzem sons e movimentos. A apresentação do “saco de histórias” era um momento que instigava a curiosidade da criança e também proporcionava exploração sensorial. Ele foi usado diversas vezes trazendo diferentes objetos como: brinquedos, instrumentos musicais, CD, etc. e na maioria das vezes acompanhados por um livro.
- Contação de histórias trabalhando os temas principais som e movimento. Fazendo a exploração de todos os aspectos das histórias.- Conversas sobre cada objeto, sua forma, como produz o som (movimentos utilizados para extrair o som), de que material era feito, qual a real utilização, exemplo: apresentação de diversos apitos. Além de mostrar os diferentes tipos de sons que produziam foi importante que as crianças percebessem a utilização de alguns, como o de juiz de futebol e a gaita de sorveteiro, que eles logo identificaram.
- Observação e identificação de alguns instrumentos musicais como: chocalho, flauta, xilofone, tambor, violão, guitarra, piano, etc.
- Perceber que nosso corpo também produz sons: as batidas do nosso coração, batendo as mãos (palmas), batendo os pés, estalando dedos, estalando a língua, falando e cantando. Nós somos também fontes de sons e movimentos.
- Imitando sons de: animais e objetos. Brincadeiras envolvendo Onomatopéias.
- Discriminação auditiva – escutar CDs com musicas instrumentais e com historinhas infantis.
- Brincadeiras de exploração do próprio corpo como: dança, brincadeiras de roda, brincadeira de estátua, dança das cadeiras, andar sobre uma corda estendida no chão equilibrando-se, dança das fitas, imitação (mímica), ginástica, atirar dardos e saltar obstáculos.
- Utilização de poemas (sonoridade das rimas) e também as musicas acompanhadas de gestos.
- Brincadeiras como “O mestre Mandou” em duas versões a original e uma adaptação “O mestre maluco”,que procura uma divergência entre a ordem e a execução da mesma, exemplo: a ordem dada é “Seu mestre mandou por a mão na cabeça”, mas a pessoa (o “mestre”) que deu a ordem põe a mão no braço. Nesse momento a criança precisa ficar muito atenta, para não obedecer o que ouviu mas repetir o gesto do “mestre”.
- Fazendo lista de coisas que produzem sons (verbalmente).
As crianças disseram: Avião, carro, brinquedo, telefone, moto, perua, ônibus, violão, violino, chocalho, tambor, caminhão, apito, papai roncando, gato, cachorro, grilo, trem, papagaio e galinha.
- Pesquisa de objetos que produzem sons e classificação das mesmas. As crianças encontraram figuras de animais, meios de transportes e instrumentos musicais.
- Identificando os Meios de transportes, suas principais características e suas funções. E ainda dentro deste assunto trabalhamos verbalmente sobre o trânsito, os cuidados que devemos ter, o significado do semáforo e de algumas placas como a do “pare”.
- Atividades gráficas: desenhar instrumentos musicais, pesquisa de instrumentos que produzem sons, desenho dos meios de transportes, colorir a figura de um trem, desenhar o trem que é falado na poesia, colorir a figura humana em posição de ginástica, recorte e colagem de papel sobre uma linha ondulada, passar com canetinhas por cima de diferentes desenhos de linhas, desenhar a Bandeira brasileira em movimento no mastro.


Observação: As datas comemorativas: “Semana do Trânsito” e “Proclamação da República e “Dia da Bandeira” foram trabalhadas dentro deste projeto, com conversas, contação de histórias e apresentação de cartazes.


VIII – AVALIAÇÃO:
Observação constante da criança e das atividades por ela realizadas, diálogos com a criança e sua família, reuniões com os pais, registro das atividades e comparações dos resultados.

IX – BIBLIOGRAFIA:

- FRANÇA, Mary e Eliardo. “O Trem”. Coleção Gato e Rato. Ática.
- “O Trem dos Bichinhos”. Coleção Bichinhos. Brasil América.
- FIUZA, Elza. “O Burrinho Tró-ló-ló”.Hora da Fantasia. Moderna.
- PORTO, Cristina. “Da cabeça aos Pés”. Hora da Fantasia. Moderna.
- TELLES, Carlos Queiroz. “O Vôo da Bicharada”. Scipione.
- PINTO, Gerusa rodrigues. “ Flora, A Girafinha Curiosa”. Fapi.
- BORGES, Rogério. “O Mergulho Maluco”. Moderna.
- GARCIA, Edson Gabriel. “Enquanto o sono não Vem”. Moderna.
- JUNQUEIRA, Sonia. “O Sonho da Vaca”. Ática.

XII – COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS:

Percebemos que as crianças estão bem mais atentas ao que ouvem, sempre buscando identificar o som e sua origem.
Gostam e sempre pedem as historinhas contadas em CDs e escolhem as musicas infantis que querem cantar.
Agora dançam e brincam de roda sem estar o tempo todo com interferência das educadoras. Fazem suas próprias rodas e são poucas aquelas em vez de dançar começam a correr. E nesses momentos estão mais cuidadosas com a coleguinha que tem problemas motor, mas também participa dessas atividades.
Já conseguem ficar mais tempo esperando a sua vez nas brincadeiras.

XIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Este foi um projeto muito gostoso de ter sido trabalhado, pois possibilitou explorar o que está muito próximo da criança: movimento e som. Embora elas tenham dificuldade de dizer os nomes desses conceitos, elas sabem o que eles significam.
A única coisa que acho difícil para ela entender é que nesses seus tão poucos anos de vida, quando acaba de descobrir-se capaz de produzir sons, executar movimentos tem sempre um adulto por perto para reprimi-la.
Há momentos em que ela queria ser completamente livre, mas nós adultos estamos prontos para impedir e colocá-la dentro de um modelo completamente esquematizado. A disciplina é importante, pois vivemos num mundo organizado, mas precisamos permitir mais às nossas crianças momentos de completa liberdade.


“Toda criança só deseja ser feliz e cabe à nós adultos fazer o possível para que isso aconteça. (Rosmari)


segunda-feira, 31 de março de 2008

Reuniões de Pais

Esse é um momento muito importante, pois o profissional de educação não pode delegar para si toda responsabilidade com a educação dos seus alunos. Os pais são os principais responsáveis pelos seus filhos. Escola e família devem ser parceiras na educação das crianças e adolescentes. A educação começa em casa. Infelizmente depois que a mulher passou a trabalhar fora do lar e não tendo com quem deixar os filhos, deixou para a instituição escolar toda a responsabilidade de cuidar, educar e criá-los. Foi um grande passo para a mulher, mas e as crianças, como estão?
Sabemos que muitas passam mais tempo no ambiente escolar e cada vez mais distanciam-se de suas famílias. Essa situação é triste, pois problemas de ordem emocional, como carência afetiva, resultam em problemas comportamentais que a escola não consegue resolver.
Aproveite as reuniões com os pais, não somente para falar da aprendizagem de seus alunos, mas mostre a eles o que muitas vezes não sabem, como a importância de sua presença na vida dos filhos, aqui não falamos em quantidade de tempo, mas qualidade. É necessário que eles percebam que seus filhos passam pela escola, mas serão seus filhos para sempre, com ou sem problemas.

Dicas e textos para trabalhar em reuniões de pais:

- Prepare antecipadamente uma pauta com tudo que será tratado nessa data.
- Receba os pais com uma música suave do tipo Enya.
- Escolha antecipadamente um texto para ler e comentar. (seguem abaixo alguns exemplos)
- Antes da leitura coloque uma música que se relacione com o texto.
- Sempre no final das reuniões, aproveite para sortear uma ou duas lembrancinhas ( livrinhos, ou brinquedos pedagógicos para as crianças) como incentivo pelo comparecimento dos pais na reunião.
- Nunca fale dos problemas de uma criança na frente de todos os pais. Deixe para falar depois da reunião, particularmente com os que apresentem algum problema, caso for necessário. Sempre dê uma idéia geral do andamento da classe sem citar nomes.
- Seja sempre simpática(o) e claro na exposição de tudo o que falar na reunião
- A reunião não pode se transformar num momento em que educadores despejam sobre os pais uma lista de problemas. É necessário que sintam segurança no seu trabalho, confiem nas suas palavras e que elas cheguem ao coração e possam melhorar a vida das crianças; é com elas e para elas que trabalhamos.

Sugestões de textos para as reuniões:

1- ALFABETO DOS BONS PAIS

A criança será seu filho para sempre.
Busque estar atento ao seu comportamento.
Cuidado, amor e atenção são indispensáveis.
Dedique um tempo a ele diariamente.
Escute-o sempre, e ele saberá com quem contar.
Faça-o conhecer os valores que o aproximam de Deus.
Garanta seu futuro com uma boa educação.
Hoje é o dia, não deixe para amanhã.
Igualdade, fraternidade e solidariedade: ensine-o a praticá-las.
Junte-se à escola, essa parceria dá certo.
Lembre da importância do seu exemplo.
Mostre que o mal existe e como evitá-lo.
Não o ensine a valorizar apenas o que o dinheiro compra.
Olhe-o sempre nos olhos, não aceite a mentira.
Procure conhecer seus amigos, professores, com quem convive fora de casa.
Quando achar necessário, procure ajuda.
Respeito aprende-se em casa.
Seja equilibrado: afeto demais sufoca, e de menos gera carência.
Ter um filho é fácil, difícil é ser pai ou mãe de verdade.
Um modelo não existe, é necessário, coragem e determinação.
Valorize seus trabalhos escolares e ele valorizará a si mesmo.
Xingar e bater só gera distância.
Zelar e dizer não quando necessário, estreita os laços entre pais e filhos.

Esse texto poderá ser impresso e distribuido no início da reunião.
Peça para um dos pais presentes para que o leia. Depois você educador faça um breve comentário e proponha aos pais falem o que acharam do texto.

Dias antes peça para as crianças confeccionarem cartões simples, com desenho dos pais e entregue a eles depois da leitura do texto.
Fale da importância deles como modelo na vida dos filhos.
Antes da leitura do texto coloque uma música que fale de pais e filhos como: "Pai" do Fábio Junior, "Como os nossos pais" Elis Regina.
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2 - O VALOR DE UM ABRAÇO
Não tem valor em dinheiro,
pois o dinheiro não compra um abraço sincero de coração.
Um abraço conforta, anima e acalma.
Um abraço é mais que uma demonstração de afeto, é uma troca.
Um abraço dá segurança;
é falar de amor na linguagem dos gestos que vale mais que mil palavras.
Um abraço salva, socorre, ensina...
ajuda aquele que abraçou e a quem foi abraçado.
Você já abraçou seu filho hoje?
Depois da leitura do texto - que poderá ser feita com um fundo musical bem suave - faça uma brincadeira com os pais:
Dê a cada um deles um pedacinho de papel em branco e peça para escrever um sentimento bonito, ou uma palavra que exprima esse sentimento e escreva seu nome. Todos deverão dobrar e colocar em uma caixa. Você mistura bem e pede para que cada um pegue um. Depois de ler cada um tente encontrar quem escreveu a palavra e troque um abraço (ou cumprimentem-se). Quem pegou o seu mesmo, pode colocá-lo na caixa e tentar tirar outro.
Essa brincadeira ajuda os pais a se conhecerem melhor e se relacionarem, pois afinal seus filhos convivem todo dia juntos.
Não esqueça de recomendar que ao saírem da reunião devem dar um longo abraço em seus filhos.
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3 - SOMOS CRIANÇAS
Somos crianças
brincamos
sorrimos
cantamos
choramos
Às vezes brigamos,
mas depois fazemos as pazes
Somos crianças
temos sonhos
temos vontades
temos necessidades
Às vezes fazemos birra,
mas no fundo
só queremos
que vocês nos olhem
com o olhar
cheio de amor.
Algum tempo antes da reunião prepare um CD com fotos das crianças em vários momentos na escola (brincando, fazendo atividades na classe etc.) No final da reunião leia o texto e mostre na televisão o CD ou DVD para que os pais possam assistir ao dia a dia de seu filho no ambiente escolar. Mas não esqueça de enfatizar que o lar é o lugar mais precioso e onde seu filho precisa se sentir feliz.
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4 - MINHA MÃO
Minha mão é pequenina
cabe dentro da tua mão.
Precisa do teu amparo
e da tua proteção.
Não me deixes solto na vida,
pois posso me perder na multidão.
Talvez ao me encontrar
e pegar na minha mão,
descobrirás tristemente
que ela já não cabe na tua.
O tempo perdido é feito
água do rio,
que da nascente vai ao mar.
A vida é feita um rio
segue sempre em frente.
Não penses nos momentos perdidos,
mas nos que ainda podemos desfrutar juntos.
Antes da leitura deste texto coloque para os pais ouvirem a musica "O tempo não pára" do Cazuza.
Faça com os pais uma reflexão sobre a importância da presença deles na vida dos filhos, pois o tempo não pára e quando perceberem eles já terão crescido.
No final da reunião entregue a cada pai ou mãe presente uma folha em branco e peça para desenharem o contorno de sua mão. Depois coloque uma música suave e peça para aguardarem um momento. Vá buscar as crianças se estiverem com algum outro educador, ou se já estiverem com os pais diga para cada um desenhar dentro do contorno de sua mão a mãozinha do filho e aí sim leia o texto acima. Não esqueça de um fundo musical suave, com certeza irá despertar a emoção de todos presentes.
É um momento que aproxima pais e filhos.
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segunda-feira, 17 de março de 2008

Projeto: Minha escola e meus amiguinhos

I - JUSTIFICATIVA:
Por serem as faixas de idades menores, as com mais dificuldade de adaptação é necessário todo um trabalho, que leve a criança a perceber o real significado de estar na escola, principalmente nos aspectos de: fazer novas amizades (socialização) e descobrir os diferentes espaços da área escolar, vivenciando neles brincadeiras e construção de conhecimentos.

II - OBJETIVOS:
- Facilitar a adaptação da criança na escola.
- Tornar o processo de socialização mais rápido.
- Despertar o interesse da criança pelo dia-a-dia na escola, facilitando o seu desenvolvimento em todos os aspectos: físico, emocional e intelectual.

III - DETONADOR:
A história “ Pinóquio”.

IV - PERFIL DO GRUPO:
Crianças na idade de quatro anos, comunicativas e curiosas.

V - PROBLEMATIZAÇÃO;
Já sabemos:
- nome de alguns colegas.
- nome de alguns profissionais, inclusive a nossa professora.
- algumas das nossas características como ser humano.
Queremos saber:
- quem são os novos amigos?
- quem são os profissionaIs que trabalham em nossa escola e o que fazem?
- quem somos e como somos? ( características físicas e sociais )

VI – ÁREAS DO CONHECIMENTO:
Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Ciências Sociais e Artes.

VII - RECURSOS:
- brinquedos afetivos e pedagógicos;
- tintas, papéis, canetinhas, lápis coloridos, pincéis;
- tesoura, cola, massa de modelar;
- livros, gibis, revistas, jornais, folhetos de propagandas;
- e outros materiais e objetos que serão descritos nas atividades.

VIII – AVALIAÇÃO:
- Observação da criança durante as atividades.
- Anotações no registro.
- Trabalhos realizados pelas crianças.
- Diálogo com a criança e seus familiares.
- Reuniões com os pais.

IX - DURAÇÃO:
Dois meses.

X - ATIVIDADES:
1- Contar a história Pinóquio, destacando a importância da escola. Conversar sobre ela, estabelecendo comparações entre elas (crianças) e o boneco.
- Contei a história e depois conversamos sobre ela. As crianças já conheciam essa história e as vezes queriam antecipar algum detalhe. Assim como o boneco recebe um nome nós também recebemos o nosso.
2- Fazer a apresentação ( cada criança fala seu nome, inclusive a professora) observando se há nomes iguais.
- Fizemos a apresentação e enquanto eles falavam os nomes, fui escrevendo-os na lousa. As crianças, perceberam que há dois Vinícius na turma.
3- Fazer uma brincadeira para ajudar as crianças a identificarem os amigos, principalmente os novos.
- Fizemos uma adaptação da brincadeira “lenço-atrás”. Toda vez que uma criança deixava o “lenço” atrás da outra e corria, o nome dela ia sendo repetido pela turma com acompanhamento de palmas. Todas participaram inclusive a professora.
4- Fazer um passeio pela escola, conhecendo seus espaços, os profissionais que ali trabalham e suas respectivas funções.
- A maioria dos profissionais era conhecida pelas crianças. Não sabiam o nome e a função da diretora.
5- Fazer uma lista das coisas que tem na escola.
- As crianças falaram: comida, , brinquedos, massinha, tinta, giz de lousa, gira-gira, escorregador, balanço, baldinhos, salas, portas, livros, paredes, quadros, papel, crianças e adultos.
6- Pesquisar em revista fotos e figuras que lembram as coisas que tem na escola. Pedir que recortem, e colem em folhas de sulfite para depois montar um livrinho “ Tem na escola”.
- Figuras encontradas pelas crianças: crianças (brincando, escrevendo, balançando, no colo dos pais e dormindo), mochilas, mamadeiras, armário, xícaras, mesa, cadeiras, árvore, livro, peças sanitárias, comida, escova de cabelo, cozinheiro, televisão e computador. Na hora de encontrar as figuras eles acabaram encontrando coisas que não tinham sido ditas quando fizemos a lista.
7- Conversando sobre o porquê de estar na escola, a importância da escola e o principal elemento da escola “a criança”. Estabelecer comparações de “Pinóquio”, o boneco, com um menino de verdade (no qual ele se transforma depois).
- As crianças perceberam que ele foi feito de madeira e que um menino de verdade (toda criança) é feito de carne, ossos, pele e sangue. Ainda fizemos uma comparação, estabelecendo diferenças entre os meninos e as meninas.
8- Conversa sobre o que podemos e o que não podemos fazer na escola. Estabelecendo regras.
- Fizemos uma lista do que as crianças “podem” e “não podem” fazer na escola. Elas foram falando, enquanto eu escrevia na lousa.
“Podem” fazer na escola: desenhar, brincar, comer, tomar banho e dormir (se ficar o dia todo), ver livros, dançar, cantar, escrever, pintar e modelar.
“Não Podem” fazer na escola: brigar, jogar areia na calçada, gritar nas salas, pátio e corredor, sujar a escola, quebrar os brinquedos, correr nas salas, pátio e corredores, sair da sala sem autorização e jogar brinquedos e água.
9 - Fazer o desenho de uma criança, usando uma delas para fazer o contorno do seu corpo. Depois acrescentar os detalhes como: cabelos, olhos, orelhas, boca etc. Trabalhando o esquema corporal.
- Fiz o desenho (contorno) da Camila e fui acrescentando os detalhes conforme as crianças iam falando. Pedi que fossem nomeando cada parte do corpo. Conversamos sobre o tronco (conceito desconhecido das crianças) ao qual ficam ligados: cabeça, braços e pernas.
10 – Desenhar o esquema corporal.
- As crianças desenharam com canetinhas a colega Camila. Alguns tiveram mais dificuldade. A Gabriela é quem desenhou com maior riqueza de detalhes.
11- Contar uma história que mostre a importância e utilidade das partes do nosso corpo ( mãos, olhos, boca etc.).
- Contei a história “O menino que via com as mãos”. Essa história fala da falta da visão e do uso das mãos para compensá-la.
12- Explorar os vários aspectos da história.
- Conversamos sobre a importância das mãos tanto para quem tem todos os órgãos do sentido perfeitos, como para os que os têm deficientes.
Os deficientes visuais necessitam do tato para reconhecer objetos, pessoas e lugares, e os surdos-mudos para se comunicar. Falei da escrita em Braille e dos sinais dos surdos-mudos.
- Fizemos uma lista do que podemos fazer com nossas mãos. As crianças falaram: pegar coisas, brincar, abrir (torneira e porta), bater palmas, desenhar, pintar, ver livros e comer.
- Colocamos as mãos sobre os olhos para imaginar a situação do menino da história.

- Utilizando a “caixa surpresa” (brinquedo pedagógico) as crianças tocaram objetos dentro dela (sem ver) ,identificando apenas com o tato.
Previamente coloquei cinco círculos de diferentes tamanhos na caixa. “Cinco”,pois nossas mãos têm cinco dedos e que são de tamanhos diferentes. As crianças perceberam que eram círculos, só que disseram rodas. Também identificaram os tamanhos.
13 – Desenhar uma ou mais parte do corpo, trabalhada com a história.
- Desenhei o contorno das mãos das crianças e elas as coloriram com
giz de cera.
- Contamos a quantidade de dedos e de círculos e comparamos o tamanho dos dois.
14 - Propor uma brincadeira que ressalte a importância de uma ou mais partes do corpo.
- Fizemos a brincadeira da cobra cega. A criança que ficava com a venda sobre os olhos tinha que identificar o amigo encontrado, usando o tato. Algumas conseguiram, outras não.
15 - Apresentar cartazes ou livros que mostrem os órgãos dos sentidos e conversar sobre eles.
- Coloquei na lousa vários cartazes (confeccionado com fotos de revistas) destacando os órgãos dos sentidos. Falamos sobre a importância de cada um e sua utilidade.
16 – Fazer a experiência do paladar e olfato. Dar alguns alimentos para as crianças provarem e sentir o cheiro. Não dizer o que são, deixando-as os identificarem.
- Dei para provarem açúcar, sal, chocolate e pó de café. O Caio recusou-se a provar no início, só provou o chocolate quando as crianças já o tinham identificado., dizendo que era gostoso e que queriam mais .
Nesta atividade também puderam perceber que é pela língua que sentimos os sabores ( doce , salgado, amargo e azedo). Depois elas sentiram o cheiro das substâncias e as identificaram pelo olfato.
Falamos também da importância da língua para falar e comer (ajudar a engolir os alimentos).
Um dos cartazes mostrava um menino sorrindo onde se percebia a troca da dentição, a falta de alguns dentes de leite. Conversamos sobre eles, suas funções (cortar, furar e amassar), os tipos ( leite e permanentes) e o cuidado que devemos ter para conservá-los
17- Representar através do desenho uma criança sorrindo, evidenciando os dentes.
- As crianças desenharam o rosto de uma criança e nele a boca mostrando os dentes.
18 – Pesquisar em revista fotos de pessoas onde se vê os dentes sadios.
- Todos conseguiram encontrar as fotos. Eles recortaram e colaram.
19 - Pedir as crianças, para identificarem no ambiente diferentes sons. Propor que tampem os ouvidos para perceber a ausência do som. Apresentar objetos que produzem diferentes sons, deixando que identifiquem o som. (mostrar o objeto, só depois de ter produzido o som e eles terem ou não o identificado). Produzir sons com o corpo.(deixar que mostrem como podemos fazer).
- As crianças identificaram na sala o som do ventilador e o som de carros que passavam na rua. As crianças ouviram o som do coração do coleguinha. A turma foi dividida em duplas e um pode ouvir o coração do outro batendo. Produziram sons com: os pés, as mãos e a língua e identificaram o som de alguns objetos.
20 - Conversa informal sobre os alimentos importantes para a saúde e crescimento. Apresentar seqüência de figuras ( as fases da vida humana).
- Quando perguntei às crianças por que precisamos nos alimentar disseram “para ficar forte e crescer” . Perguntei também o que acontece se não nos alimentarmos mais e elas foram categóricas dizendo “ a gente morre”.
Fizemos uma lista de frutas, que são tão importantes para nossa saúde.
Disseram: LARANJA, MORANGO, BANANA, ABACAXI, MAÇÃ, LIMÃO, GOIABA, MARACUJÁ, MELÂNCIA.
21- Fazer recorte e colagem sobre a figura de um alimento.
- Entreguei às crianças a figura de um morango. Conversamos sobre a sua cor “ vermelha” . Depois as crianças recortaram papel vermelho com tesoura e colaram sobre a figura do morango.
22 - Desenhar alimentos oferecidos na escola.
- Foi oferecido “sucrilhos” dentro de pequenas tigelas. Aproveitamos para representar os conceitos cheio e vazio. Entreguei a eles uma folha de sulfite onde estavam desenhados dois círculos, representando as tigelas. Numa delas eles desenharam os “sucrilhos” ( cheia ), a outra deixaram sem desenhar, para indicar que estava vazia, e que o alimento já tinha sido todo consumido.
- As crianças desenharam “sucrilhos” dentro do círculo em forma de bolinhas. Alguns tiveram mais dificuldade para desenhar: Wesley e João Victor.
- Também desenharam uma laranja com giz de cera e coloriram com tinta guache amarela.
23– Mostrar figuras e livros, que mostrem a digestão dos alimentos no nosso corpo, os órgãos por onde passam e as transformações que eles sofrem.
- Mostrei um livro e cartazes sobre esse assunto, mas antes investiguei o que sabiam a respeito.
A maioria soube dizer que os alimentos iam para a barriga e estômago. Nada sabiam sobre os intestinos, mas conseguiram dizer no que os alimentos e líquidos são transformados quando não são mais necessários: em “cocô e xixi”.
Falamos sobre o papel dos dentes na digestão, a necessidade de mastigar bem e devagar.
Livros utilizados nessa atividade: “Ronque, Ronque”, “O sanduíche da galinha” e “Dentro da gente”.
24 – Mostrar cartazes com fotos de alimentos e pedir para que os identifiquem e digam suas origens.
- Das fotos não conseguiram dizer a origem do queijo e da farinha de trigo, mas acertaram a origem do leite, pão, ovo e suco de laranja.
As frutas e legumes disseram que eram de árvores. Fizemos então um passeio próximo ao solário e as crianças puderam ver uma abobreira com uma abóbora ainda pequena e puderam perceber quem nem todos alimentos vegetais são provenientes de árvores, alguns são de plantas rasteiras como a abóbora. Viram também um pé de acerola com flores e acerolas quase maduras, um pé de chuchu e uma goiabeira.
Acertaram quanto a origem do ovo, leite e pão.
25 – Pesquisar em revista fotos de alimentos, recortar com tesoura e colar em folha de sulfite.
- Todos conseguiram encontrar as fotos de alimentos. O Lucas é o que demora mais para executar as atividades.
26- Conversa sobre a higiene na manipulação dos alimentos, a lavagem das frutas e verduras antes de comê-las.
- Conversamos sobre o porquê de se lavar bem as frutas e verduras. As crianças disseram que “se não lavar comemos elas com bichinhos que nos deixam doentes”.
Falamos também sobre a importância da água, em todos os aspectos, pois dia 22/03 é “Dia Mundial da Água”.
Pedi às crianças para enumerar as variadas formas como utilizamos a água.
Disseram: Lavar roupa, lavar louça, beber, fazer comida, tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos e fazer suco.
O Mikéias foi quem mais participou com as respostas.
27 – Fazer uma pesquisa procurando fotos onde aparece a água.
Todos encontraram figuras. Acharam fotos do mar, de rio, piscina e banheira.
28 – Apresentação de cartazes sobre a Páscoa, destacando o chocolate usado para a confecção dos Ovos de Páscoa.
- Perguntei às crianças sobre a origem do chocolate e todos desconheciam. Desenhei e mostrei que é feito do fruto de uma árvore chamado cacau. Eles só conheciam a manteiga de cacau usada para proteção labial.
Contei a história do significado da Páscoa, a Paixão e Ressurreição de Cristo ( adaptação ).
Conversamos sobre os símbolos da Páscoa: os ovos de chocolate, o coelho, e o girassol.
29 – Fazer atividades gráficas referente ao tema Páscoa:
a- Desenhar o ovo de Páscoa.
b- Recortar com tesoura papéis coloridos e colar dentro da figura de um Ovo de Páscoa.
- Primeiramente antes de desenhar o ovo comparamos a sua forma com a de uma bola. As crianças perceberam que a bola tem a forma circular e o ovo é diferente desta, tem a forma oval. Na hora de desenhar a maioria soube bem representar esse aspecto.
30- Propor uma experiência utilizando a água para que percebam suas características.
- Comecei a atividade, perguntando às crianças qual era a cor da água. Alguns disseram que era branca e outros que era azul.
Pedi à uma das crianças que trouxesse um copo d´ água, para que pudéssemos observá-la. Todos a olharam e cheiraram. Mergulhei um pincel nela e passei sobre um pedaço de cartolina rosa, para que vissem a cor da água. Depois fiz o mesmo com a tinta azul e com a branca.
As crianças compararam e a Gabriela chegou a conclusão que a água era transparente, pois no papel rosa a pincelada d´água não ficou marcada com nenhuma cor e conforme foi secando sumiu. Também deixei que todos a cheirassem.
Aproveitando a água e as tintas, mostrei como a água “que não tem cor e nem cheiro”, pode ficar colorida e ter cheiro, se acrescentarmos à ela uma substância com cor e cheiro, neste caso a tinta. Primeiro adicionei a tinta branca e depois a azul. Todos viram e cheiraram novamente.
31- Fazer uma atividade gráfica utilizando a água colorida.
- Fizemos a pintura assoprada. Nesta atividade é colocada sobre a folha de papel 40 k um pouco da água colorida e as crianças devem esparramá-la apenas assoprando sem tocá-la com as mãos. Essa pintura deixa como resultado uma figura única e cuja forma, pode lembrar formas de animais, plantas etc. Alguns tiveram um pouco de dificuldade para assoprar.
32 – Levantar questões sobre a água, deixando expressarem-se livremente .
- Como a água chega à nossa casa?
“ Vem pelo cano.”
- De onde ela vem?
“ Vem do rio.”
- Como é a água?
“ É mole, macia e quando vira gelo fica dura.”
- De onde vem a água da chuva?
“ Vem do céu , da nuvem.”
- Onde encontramos água na nossa casa?
“ Na torneira da pia, no galão, no chuveiro, na privada, no tanque e no filtro”.
Embora a linguagem seja simples e nem sempre o termo usado seja correto, já conseguem expressar bem os conhecimentos que possuem.
33 – Atividade gráfica – Colorir a figura de uma torneira e representar a água com papel recortado com tesoura (pedaços bem pequenos). Conversar, sobre o uso correto da torneira enquanto escovamos os dentes, a fim de evitar o desperdício.
- Todos sabem usar a tesoura. O Caio e o Lucas foram os que mais demoraram na execução dessa atividade.
34 – Contar histórias que abordem o assunto ÁGUA.
- Contei as histórias: “A Baleia” (Cláudio Feldman), “O Barco” ( Mary França e Eliardo França) e “A gotinha perdida” ( Rosmari).
Utilizando as histórias fizemos comparações entre a água do mar e a água do rio. As crianças apontaram como diferenças entre elas: que a do mar é salgada e que é maior.
E também puderam perceber através da contação que a água (passa do estado líquido para o gasoso) vira uma fumacinha quando esquenta e some ( evapora ). Relembrei a pincelada de água que depois secou.
35 - Cantar algumas músicas que falam de água.
- Cantamos : “A biquinha”, “A canoa virou”, e “ Os indiozinhos”.
36 - Atividade gráfica – Representar o mar e os peixes com giz de cal molhado em água e cola.
- As crianças passaram o giz de cal azul deitado sobre a folha de papel 40 k e depois desenharam peixinhos com outras cores.
37 – Brincando na areia com baldinhos e água.
- Livremente misturaram água e areia. Antes pedi para que colocassem as mãos nos dois elementos separados ( exploração sensorial) e depois elas fizeram o que queriam com a massa.

XI – BIBLIOGRAFIA:
- Livros infantis diversos.
- Crocker, Mark. Atlas do Corpo Humano, Scipione.

XII – CONCLUSÃO:
Percebi que depois desse projeto as crianças estão mais atentas e participativas. A turma é interessada, caprichosa e conseguiu realizar todas as atividades propostas. Elas reconhecem a maioria dos conceitos trabalhados, estão mais comunicativas e algumas que no início se recusavam a participar das atividades, hoje demonstram interesse e entusiasmo.

Projeto: Leitura

I- Síntese do trabalho:

Inicialmente fiz uma pesquisa junto aos pais abordando questões sobre a leitura.
Depois iniciei uma atividade semanal onde uma caixa, intitulada “ caixa mágica” contendo um livro de história e objetos relacionados ao mesmo, era apresentada às crianças. Elas eram estimuladas a descobrir o que havia na caixa. Todos os aspectos da história eram explorados e os conceitos das diferentes áreas do conhecimento (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Artes) eram trabalhados.
Também foi criada a biblioteca de “ final de semana “, que permitia às crianças escolher e levar um livro para casa.
Houve também a participação da família na contação de histórias. Uma vez na semana, quase no final do período, uma pessoa da família era convidada para contar uma história para toda a turma.
Nos finais de semana um poema era trabalhado com as crianças e depois afixado numa parede da escola de forma bem visível para a comunidade.
Também foi feita uma dramatização, sobre uma história que ressaltou a importância da leitura, e os pais foram convidados a assistir a representação de seus filhos.
Em todas as reuniões de pais e professores, foram trabalhados textos mostrando como a leitura é importante na formação das crianças.
Ainda foram feitas outras atividades envolvendo leitura: confecção de livrinhos, contação diária de histórias com variadas técnicas e manuseio de diversos materiais de leitura (livros, gibis, revistas, propagandas, etc.).

II- Justificativa:

a) contexto escolar:
A escola está inserida em uma comunidade participativa e integrante no processo educativo. Sempre que a escola é aberta à participação dos pais e comunidade, eles colaboram e prestigiam os eventos que nela ocorrem.
b) perfil dos alunos:
São crianças que, na maioria, os pais trabalham e, portanto, precisam deixá-las na escola. Algumas são de período integral, ou seja, ficam na escola das 7:30 às 17:00 horas, ficando pouco tempo com os pais. Todas têm acesso a alguns meios de comunicação, como rádio e TV. A maioria tem livros infantis. Na questão da aprendizagem, a maioria tem facilidade, é interessada e curiosa.
c) O projeto esteve inserido no projeto pedagógico da escola.
Este, teve como tema ´´Leitura e Cidadania`` e seus objetivos principais foram:
- Despertar o gosto pela leitura, fazendo do livro um veículo na construção dos valores essenciais para a formação do ser humano.
- Conscientizar a família sobre a importância da leitura.
No início do ano letivo, a escola foi decorada com personagens e cenas do “Sítio do Picapau Amarelo” para receber as crianças. Esse tema foi amplamente trabalhado por todas as turmas na escola.
Surgiu então a idéia desse projeto. Eu queria trabalhar de uma forma que fizesse da leitura o principal instrumento para a aprendizagem. Fiquei mais certa disso depois de assistir uma palestra com Rebeca Gelse Rodrigues que abordou o tema Literatura Infantil e Juvenil na Sala de Aula - Teoria e Prática.

III- Objetivos do trabalho:

-Desenvolver o hábito da leitura;
-Estimular a interpretação, reprodução e criação de histórias;
-Ampliar o vocabulário, desenvolver a linguagem e favorecer a auto-afirmação;
-Proporcionar, através da leitura, condições necessárias à construção de novos conhecimentos e valores;
-Desenvolver a atenção, o interesse e a criatividade;
-Permitir à criança conhecer e projetar sua própria emotividade e perceber as reações de seus colegas;
-Realizar trabalhos expressivos, tais como: dramatizações, desenhos, pinturas, colagens e pesquisas.

IV- Conteúdos trabalhados:

Língua Portuguesa:
- Expressão oral: conversas, músicas, poesias, reprodução e criação de histórias;
- O desenho como representação da idéia (expressão gráfica);
- Contato com elementos escritos para a compreensão da escrita e o que ela representa em si mesma e em sua função social.

Matemática:
- Noções de: grandeza, posição, capacidade, textura, direção e sentido; classificação; correspondência; geometria e quantidade.

Ciências:
-Conhecimento de si próprio e do ser humano;
-Valorizar as diversidades culturais;
-Conhecimento dos animais, dos vegetais e suas características;
-Identificar os elementos naturais do ambiente e a necessidade da preservação da natureza;
-Demonstrar comportamentos adequados de relacionamento e convívio social.

Artes:
Expressão musical: tipos de sons;
Expressão corporal: jogos, brincadeiras, teatro, mímica e danças;
Expressão plástica: cores, pintura, desenho, modelagem, recorte e colagem.

V- Metodologia e procedimentos:
a) descrição da seqüência didática: Fiz uma pesquisa junto aos pais sobre leitura e concluí que a maioria deles não tinha o hábito de ler, mas contavam histórias para os filhos. E que nem todas as crianças da turma possuíam livros infantis.
Transformei uma caixa de papelão, dando-lhe colorido e brilho e nomei-a “Caixa Mágica”. As crianças eram estimuladas a descobrir o que havia na caixa, e todos os aspectos da história e conceitos eram amplamente explorados. Vou descrever uma dessas atividades:
Atividade 14 - Apresentação da “Caixa Mágica” contendo uma joaninha de brinquedo, movida a pilha e o livro “ A joaninha”.
Desenvolvimento: contar a história; fazer a observação das principais características da joaninha (cor, forma, quantidade de patas, onde vive, como se alimenta, etc.); assistir uma fita de vídeo mostrando a vida do inseto; comparar a joaninha com outros insetos estabelecendo semelhanças e diferenças; conversar sobre os insetos que são nocivos ao homem e trazem doenças, como o mosquito transmissor da Dengue, e os úteis, como a abelha que produz o mel; e fazer um desenho reproduzindo a história.
Outro passo muito importante foi a biblioteca de “ final de semana”, que permitia às crianças escolher um livro para levar para casa e devolver na segunda-feira. Essa biblioteca foi montada com livros que faziam parte da lista de material escolar entregue aos pais e alguns livros que eu já possuía.
A presença de membros da família para a contação de histórias permitiu que a criança compartilhasse um momento que era só dela com seus amiguinhos e lhe proporcionou o prazer de ter alguém de sua família vivenciando com ela uma atividade.
Outras atividades fizeram parte desse projeto: contação diária de histórias utilizando variadas técnicas, trabalhos com poemas, confecção de livrinhos, construção de histórias, teatro, etc., que este espaço não permite descrever.
b) estratégias usadas: contação de histórias; conversas dirigidas ou de forma informal; relatos de experiências individual e coletiva; reprodução e produção de histórias; teatro; observação e exploração do meio; pesquisa; manipulação e exploração de livros, revistas, gibis, objetos e materiais pedagógicos; atividades gráficas; jogos e brincadeiras; utilização de cartazes e vídeo.
c) recursos didáticos: livros de histórias, revistas, gibis, fantoches, brinquedos, giz de cera, canetas coloridas, giz de cal, tinta guache, pincéis, cola, tesoura, diversos tipos de papéis, palitos, bexigas, corda, flores, penas, tecidos, instrumentos musicais, plástico, sucata, areia, etc.
d) Bibliografia consultada: Revistas Nova Escola, números: 68, 92, 113, 115, 120, 128, 130; Revista Veja 25/11/1998 e Revista Veja Especial Maio / 1998.
Livros: Bettelheim, Bruno. A psicanálise nos contos de fada. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1998.
- Cunha, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil - Teoria e Prática, São Paulo, Ática, 1984.
- Oliveira, Maria Alexandre de. Dinâmicas em Literatura Infantil, São Paulo, Paulinas, 1988.
- Diversos livros infantis, como: França, Mary e França, Eliardo. A Joaninha, São Paulo, Ática, 1991 (utilizado na atividade aqui descrita ).

VI- Avaliação:
a) Procedimentos: Observação constante da criança e dos trabalhos por ela realizados; diálogos com a criança e seus familiares; reuniões com os pais e registro das atividades e dos resultados.
b)Comparações dos resultados: A “Caixa Mágica” se tornou um objeto de extremo interesse das crianças. Elas aguardavam ansiosas e ficavam sempre perguntando: “Tia, você trouxe a Caixa?”. Era um momento de atenção, expectativa e alegria quando esta era aberta. Passaram a interessar-se mais por histórias e demonstravam muito interesse e mais cuidado ao folhear um livro. Crianças que eram tímidas e falavam pouco começaram a participar com mais segurança das atividades e expor suas idéias.
A participação dos pais foi muito importante, levou-os a perceberem o papel da leitura na vida das crianças e quão significativo era o momento proporcionado pela contação de histórias, com estreitamento dos laços afetivos e interação entre a criança, a família e a escola.
b) Auto-avaliação do professor: Aprendi que a leitura realmente tem que ser estimulada desde cedo; que as histórias nos aproximam mais das crianças, dos seus sentimentos; que na nossa prática pedagógica a leitura é a porta mais fácil para que a criança descubra o mundo e se interaja com ele, criando alicerces para a construção de uma cidadania consciente.
d) Previsão da continuidade ou ampliação do trabalho: Estou, esse ano 2003, trabalhando novamente com esse projeto de leitura e buscando aperfeiçoá-lo.
e) O que mudaria ou aperfeiçoaria se fosse repetir o trabalho: Criaria novas e diferentes atividades.

domingo, 16 de março de 2008

Projeto: Minha casa e minha família

I – JUSTIFICATIVA –

A família é o primeiro ponto de referência para a criança, assim também a sua casa. A escola entra na vida dela ampliando sua noção de espaço e seu sentimento de integração ao mundo.

II – OBJETIVOS –

- Identificar nome das pessoas da família e as relações de parentesco.
- Demonstrar comportamentos adequados de relacionamento e convívio social.
- Reconhecer o valor do trabalho cooperativo e organizado.
- Demonstrar amor e respeito à pessoa que nos deu a vida, nossa mãe.

III – DETONADOR –

A história “Cachinhos Dourados”.

IV - PERFIL DO GRUPO –

Crianças que completarão 3 anos no primeiro semestre do ano, bastante imaturas, com dificuldades de fala, concentração e atenção. Agora que a linguagem está começando a ter clareza.

V – PROBLEMATIZAÇÃO –

O que sabemos:

- Moramos em uma casa.
- Moramos com “pai e mãe”, “mãe”, “mamãe”, “mamãe e vovó”...
- Nossa casa tem parede, porta, janela, etc.
- O nome da mamãe é (......).
- Tem pessoas que trabalham na nossa escola.

Queremos saber:

- Se todas as casas são iguais.
- Quais as funções das pessoas que trabalham na nossa escola.
- Se todas as pessoas têm casa e trabalho.

VI – ÁREAS DO CONHECIMENTO –

Língua Portuguesa:

- Linguagem oral
- Linguagem escrita (contato)
- Ampliação do vocabulário

Matemática:

- Cores
- Noção espacial
- Formas
- Noção de tamanho

VII – RECURSOS –

VIII – AVALIAÇÃO –

- Observação da criança.
- Anotações – registro.
- Trabalhos realizados pelas crianças.
- Diálogo com as crianças e seus familiares.

IX – DURAÇÃO –

Um mês.

X – ATIVIDADES –

1 – Contação de histórias que destaquem a importância da família e da casa onde moram.
Inicialmente contei a história “Cachinhos Dourados” para dar início ao projeto, depois outras histórias foram contadas para complementar o tema: Os Três Porquinhos”, “Quero Casa Com Janelas”, “A Branca de Neve”, “João e Maria”, “Luciana e a Bolsinha Nova”, “Luciana na Janela” e “Quem Tem Medo de Monstros”.

2 - Conversar informalmente sobre a casa onde moram, deixando que falem sobre ela.
As crianças falaram como é suas casas, que tem porta, janela, telhado e piso. O Victor fez questão de dizer que a casa dele tem duas janelas.

3 – Trabalhando dentro do projeto o Dia do Trabalho:
Conversando sobre os profissionais da escola e o que fazem.
Estabelecendo comparações entre a importância do trabalho para os adultos e a escola para as crianças.
Mostrando cartazes com fotos de diferentes profissões. Muitas das profissões mostradas não foram reconhecidas pelas crianças.
Contando histórias sobre trabalho como: “A Construção dos Bichinhos” e “A Cigarra e a Formiga”.
Atividade gráfica: colorir a figura de um pedreiro e colar os tijolos no muro que ele está fazendo.

4 – Descrever o que tem em cada cômodo da casa.
As crianças disseram:

Quarto: “cama, brinquedos, gavetas, guarda-roupa, travesseiro e computador”.
Sala: “sofá, televisão e tapete”.
Cozinha: “mesa, cadeiras, pia, panelas, geladeira, fogão e comida”.
Banheiro: “privada, chuveiro e pia”

As crianças que mais participaram respondendo corretamente foram: Victor, Lucas, Laura e Ana Júlia.

5 – Atividade gráfica: Colorir a figura de uma casa.
Elas também observaram na figura as formas geométricas como: o quadrado e o triângulo que elas não conhecem com esse nome.

6 – Desenhar na lousa várias figuras, com a forma do quadrado para que também percebam essa forma no ambiente.
Desenhei as figuras: televisão, mesa, relógio, janela, etc.

7 – Pintura com tinta guache amarela dentro da figura de um quadrado.
A maioria já está conseguindo perceber o conceito dentro e fora, principalmente quando se trata de colorir uma figura.

8 – Colar palitos sobre a figura de um quadrado.
A maioria conseguiu fazer a atividade, porque essa foi facilitada pelo desenho que orientava a colagem sobre o mesmo.

9 – Conversando sobre a nossa rua: o que passa nela como: carro, bicicleta, trator, moto, etc.
Duas crianças disseram também que na rua da casa deles para ônibus, a Fernanda e o José. O segundo eu não sei, mas a primeira realmente o ônibus passa na sua rua.

10 – Colorindo a figura que representa a rua onde se uma casa. Colorir na ordem de cores já estabelecidas.
As cores usadas para colorir a casa foram as três cores primárias, na seguinte ordem: telhado vermelho, parede amarela, porta e janela azul. O grau de dificuldade com que realizaram a atividade foi médio. Algumas crianças são bem observadoras, outras tem muita dificuldade nesse ponto.

11 – Construção com pedacinhos de papel – tema lugar para se morar – moradia.
As crianças receberam pedacinhos de papel como se fosse toquinhos de madeira para montar um lugar onde podemos morar.
A maioria fez casas, já o Arthur colou formando a figura de um prédio.

12 – Cantando musicas que falam de casas.
Cantamos a musica “Fui morar numa casinha” e “A casa” (Vinícius de Moraes).

13 – Assistindo o DVD – “Os Três Porquinhos”.
Além de ver o DVD as crianças também ouviram essa historinha em CD. É uma das que mais gostam ela permite que façamos comparações entre as casinhas construídas pelos três porquinhos e os materiais usados nas construções.



Observações:

Dentro desse projeto também trabalhamos o “Dia das Mães”, pois ela é um dos importantes membros da família.
Conversamos sobre esse assunto, de como devemos tratar a mamãe, sendo obediente e evitando aborrecê-la.
Perguntei e cada uma falou o nome da mamãe para eu escrever na lousa, algumas sabiam, outras não diziam apenas mamãe, aí eu disse como a mamãe destes chamava e também escrevi o nome.
As crianças prepararam o cartão e ensaiamos uma musica para homenagear as mães, além da entrega de lembrancinhas.
Fizeram também a atividade gráfica: desenharam a mamãe.


XI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Foi possível perceber que as crianças apesar de imaturas valorizam a casa onde moram, pois geralmente gostam de falar sobre ela, mesmo fora do projeto referem-se ou aos pais ou à sua casa.
A simplicidade desse projeto foi em função da própria dificuldade que várias crianças apresentam quanto à linguagem tão necessária para o desenvolvimento desse tipo de trabalho.


XII – BIBLIOGRAFIA –

“Cachinhos Dourados”. Coleção Clássicos Infantis. Pais & Filhos.
“Os Três Porquinhos”. Coleção Clássicos Infantis. Pais & Filhos.
“Quero Casa Com Janelas”. Coleção Clássicos Infantis. Pais & Filhos.
“A Branca de Neve”. Coleção Clássicos Infantis. Pais & Filhos
“João e Maria”, Coleção Clássicos Infantis. Pais & Filhos.
ALMEIDA, Fernanda Lopes de. “Luciana e a Bolsinha Nova”. Ática
ALMEIDA, Fernanda Lopes de. “Luciana na Janela”. Ática
JOLY, Fanny. “Quem Tem Medo de Monstros”. Scipione.
“A Construção dos Bichinhos”.
“A Cigarra e a Formiga”. Coleção O mundo das Fábulas. Girassol.



“Uma casa é mais que paredes, portas e janelas, é um lugar onde podemos criar raízes”. (Rosmari)

“É no seio da família que nos descobrimos como seres capazes de amar”.
(Rosmari)

PROJETO: SACI

PROJETO - SACI

O Saci Pererê é um menino negro, com uma perna só, um cachimbo na boca e na cabeça uma carapuça vermelha que o faz encantado. Ele sempre aparece em um redemoinho. Gosta de trançar a crina dos cavalos, fazendo-os correr sem parar até ficarem extenuados. Na noite escura costuma soltar um longo assovio misterioso e some. Além disso, faz também muitas traquinagens: apaga o fogo, troca o açúcar pelo sal, queima os alimentos, esconde coisas, solta o gado e assusta os viajantes nas estradas.


I – JUSTIFICATIVA -

Além de estarmos comemorando no mês de Agosto o mês do Folclore, o Saci é uma das principais figuras do folclore brasileiro.

II – OBJETIVOS –

- Identificar o personagem lendário com suas principais características.
- Valorizar elementos da nossa cultura.
- Identificar a cor preta.
- Reconhecer o esquema corporal
- Perceber noções de tempo: dia e noite.

III – DETONADOR –

- Cartaz com a figura do Saci (recorte de revista).

IV – PERFIL DO GRUPO –

Crianças com 3 anos completos, e que já se expressam bem melhor. Alguns que antes não falavam já estão dominando bem a linguagem, já não se sentem inibidas por não conseguir falar.

V – PROBLEMATIZAÇÃO –

Já sabemos que:

- “O Saci tem uma perna só”.
- “Ele é preto e tem um chapéu vermelho”.
- “Ele mora no Sítio do Picapau Amarelo”.


Queremos saber:

- Quais as principais características desse personagem lendário.
- Que outro personagem folclórico é “amigo do Saci”?
- Qual a diferença entre o dia e a noite.

VI – AREAS DO CONHECIMENTO –

Linguagem oral e escrita -

- Expressão oral: conversas, histórias e musicas.
- Expressão gráfica: representação através do desenho.
- Contato com elementos escritos: livros de histórias, revistas e cartazes.

Matemática –

- Cores: identificação e nomeação.
- Noção de quantidade (muito/pouco).
- Noção espacial: dentro/fora e em cima/embaixo.
- Formas Geométricas.

Ciências –

- Esquema Corporal (partes do corpo)

Artes –

- Desenho.
- Recorte e colagem.
- Pintura
- Musica

Movimento/ Brincar -

- Brincadeiras: andar num pé só, passar por um túnel.
- Dançar.
- Desenho livre no chão, montar quebra-cabeça e modelagem.
- Brincadeira de roda.

VII – RECURSOS –

- Giz de cal / lousa
- Giz de cera
- Tinta guache e pincéis
- Papeis diversos
- Brinquedos
- Tesoura
- Cola
- Livros, revistas e cartazes, etc..

VIII – AVALIAÇÃO –

- Anotações no registro.
- Trabalhos realizados pelas crianças.
- Diálogo com a criança e seus familiares.

IX – DURAÇÃO –

Um mês. Agosto/2007

X – ATIVIDADES –

1 – Apresentação do cartaz com a figura do Saci e conversa informal sobre ele.
As crianças reconheceram o Saci como morador do Sítio do Picapau Amarelo.
Também citaram outros personagens que moram no sítio como: Emília, Cuca,
Narizinho, Pedrinho, Rabicó e Dona Carochinha.

2 – Atividade Gráfica – Desenhar o Saci com canetinhas.
Embora ainda tenham dificuldade para fazer a figura humana, eles conseguiram desenhar o Saci com apenas uma perna.

3 – Contação de uma história sobre o Saci.
Contei a história “A Terra dos Sacis”, que mostra as conseqüências das traquinagens desse personagem que vive solitariamente.
A história fala de um menino que se torna desobediente para os pais e acaba encontrando o Saci. Ele é levado por ele a Terra dos Sacis e descobre como é difícil estar longe da família e viver solitário sem ninguém.

4 – Conversando sobre a cor do Saci.
Algumas crianças reconheceram a cor preta. Quando perguntei qual era a cor do Saci outras disseram que a cor era escura.

5 – Colorir a figura do Saci com giz de cera preto.
A criança que tem mais dificuldade de colorir dentro de um limite, principalmente se a figura for pequena é a Stefani que acaba colorindo a folha inteira.

6 – Brincadeira – Imitar o andar do Saci, andando numa perna só.
As crianças que andaram com mais facilidade, foram: Ruan, Juan, Leandro, Fernanda e Joabe, o restante ainda não consegue equilibrar-se numa perna só, acaba pulando com as duas.

7 – Cantando uma musica sobre o Saci.
Cantamos a musica:

Saci Pererê

Saci Pererê de uma perna só
Conheço você das histórias da vovó
Cachimbo na boca soltando fumaça
Gorro na cabeça você é uma graça (bis)

8 – Conversando sobre a cor do Saci - cor preta
Para ilustrar melhor o assunto contei as histórias: “Dia e noite”, “A descoberta do caracol” e “Quem tem medo de escuro”. Através dessas histórias podemos perceber a diferença entre a presença da luz e sua ausência, pois a cor preta nada mais é do que a ausência da luz.

Quando conversamos sobre qual era a cor da noite as crianças foram categóricas em dizer que era preta.
Já para o dia elas não tinham definição.

9 – Conversando sobre a noite e o dia:
Falamos sobre os astros que vemos no céu em cada um desses períodos. Elas souberam dizer que durante o dia vemos o sol e a noite a lua e as estrelas.

Nas histórias que vimos percebemos que a noite pode ser iluminada pela energia elétrica que ilumina nossas casas através de lâmpadas. Isso fica bem claro na história “Quem tem medo de escuro”.

10 – Recorte e colagem (com tesoura) de papel na cor preta.

As crianças recortaram e depois colaram formando figuras. A cor preta representou a cor da noite.

11 – Recorte e colagem (com tesoura) de papel na cor branca.

A cor branca foi usada para representar a cor do dia e a claridade do sol.

12 – Recorte e colagem (com tesoura) de papel na cor azul claro e azul escuro, representado as variações da cor do céu.

A maioria das crianças colou os papeis na forma de trem.

13 – Brincadeira – passar por dentro do túnel.

Utilizando colchões na sala de multimeios fiz um túnel e as crianças passaram dentro e perceberam o contraste, pois no interior do mesmo ficou escuro.

14 – Representação do céu à noite através do desenho.

As crianças desenharam a lua e as estrelas com giz de cera branco num pedaço de color set preto.

15 – Pesquisa de fotos que mostrem a diferença entre o dia e a noite. Claridade/escuridão.

Algumas crianças já perceberam bem a diferença entre os dois e não tiveram dificuldade em encontrar fotos onde se percebe a presença e ausência da luz.

16 – Conversando sobre outro personagem folclórico citado pelas crianças – A Cuca.

Conversamos sobre a Cuca e a desenhei na lousa. As crianças disseram que ela parecia um jacaré. Também disseram que ela era verde de cabelo amarelo.

17 – Representar através do desenho a Cuca.

Primeiro pedi para algumas crianças desenharem a Cuca na lousa e depois todas desenharam na folha de sulfite com canetinhas verde e amarela.

18 – Colorir com giz de cera a figura da Cuca.

Utilizando giz nas cores verde e amarelo elas coloriram a figura, mas antes ouvimos a musica “A Cuca te Pega” (Cássia Heller CD do Sítio do Picapau Amarelo).

19 – Recorte e colagem de papeis nas cores da Cuca, verde e amarelo, depois colar dentro de um círculo (forma do sol e da lua)

Com exceção da Stefani todas as outras crianças recortaram e colaram os papeis dentro do círculo.

20 – Representação do céu à noite através do desenho.

As crianças desenharam a lua e as estrelas com giz de cera branco num pedaço de color set preto.

21 – Conversando sobre a forma da lua que muda e não a vemos inteira (fases da lua).

Uma criança disse que isso acontece porque um bicho morde a lua e apenas falei que ela está inteira, mas como fica escuro de um lado nós não vemos esse lado, nesse momento não quis entrar em detalhes sobre esse assunto, alguns talvez até compreendessem, mas a maioria não.

Observação:

Dentro desse projeto também trabalhei o Aniversário de Araraquara e A Independência do Brasil.
Os dois assuntos foram trabalhados com: conversas, histórias, apresentação de cartazes/fotos e atividades gráficas.
Conversamos sobre o sol, astro que aparece durante o dia e que está destacado na Bandeira de nossa cidade, considerada a “Morada do Sol”. As crianças o desenharam e depois pintaram com tinta guache amarela.
As crianças também receberam adereços alusivos a essas importantes datas.
E assim encerramos esse projeto.

XI – CONSIDERAÇÕES FINAIS –

A utilização da tesoura foi iniciada durante esse projeto, e acabou me surpreendendo, pois a maioria das crianças tem certa intimidade com esse objeto, não tiveram dificuldade para manuseá-lo, exceto algumas, mas que de um jeito ou de outro fizeram uso dele.
O desenho como expressão gráfica melhorou muito nesse segundo semestre, elas já não tem tanta dificuldade e se arriscam a desenhar, mas continuo sempre chamando algumas para a lousa a fim de servirem de modelo e dar mais segurança àquelas que se julgam incapazes disso.
O Victor é a criança que continua mais participativa nas rodas de conversa e questionamentos. Ele sempre participa ativamente e mostra-se mais conhecedor dos assuntos tratados.
O projeto não tratou de outros aspectos do folclore, pois era especificamente relativo ao Saci.

XII – BIBLIOGRAFIA -

FRANÇA, Mary e Eliardo. “Dia e noite”. Ática
ROCHA, Robson. “A Descoberta do Caracol”. Fapi.
JOLY, Fanny. “Quem tem medo de escuro”. Scipione.
“A Terra dos Sacis”. Rosmari
Enciclopédia Delta junior





“Os personagens folclóricos exteriorizam o como gostaríamos de lidar com nossos medos, transformando-os numa simples figura que embora imortal, tem suas fraquezas.”

“Somos seres antagônicos, estamos sempre entre o bem e o mal, sendo representados pela luz e a escuridão”.

Projeto Alimentação e Saúde

I – JUSTIFICATIVA –

Nesse mês Março, trabalhamos a Semana da Boa Nutrição, portanto é muito importante mostrar para a criança a necessidade de alimentar-se bem e incentivá-la neste sentido.

II – OBJETIVOS –

- Perceber a importância dos alimentos para o crescimento e a saúde.
- Reconhecer a necessidade da higiene com os alimentos e com o próprio corpo.
- Reconhecer a importância da água para nossa vida e para todos os seres vivos.
- Identificar os órgãos dos sentidos.
- Perceber a importância de cuidado com os dentes e identificar suas funções.

III – DETONADOR –

Saco de TNT “saco surpresa” contendo uma maçã embrulhada com papel alumínio.

IV – PERFIL DO GRUPO –

Crianças com dois anos que completarão três anos nesse primeiro semestre. Muitas delas apresentando bastante dificuldade na fala, na atenção, na concentração e também com carência afetiva.

V – PROBLEMATIZAÇÃO –

O que sabemos:

- Que precisamos nos alimentar para ficar forte.
- Os olhos são para ver; a boca para comer; o nariz para cheirar e as orelhas para ouvir.
- A água serve para beber.


O que queremos saber:

- O sabor e a cor de certos alimentos.
- Para que servem os dentes?
- Porque devemos lavar os alimentos e as mãos antes de comer?
- O que acontece com crianças que não se alimentam direito?
- Além de bebermos onde mais usamos a água?

VI – ÁREAS DO CONHECIMENTO –

Língua Portuguesa:

Expressão oral: conversas, histórias e musicas.
Expressão gráfica: representação através do desenho.
Contato com elementos escritos: livros de histórias, revistas e cartazes.

Matemática –

- Cores: identificação e nomeação.
- Noção de tamanho: grande/pequeno.
- Noção espacial: dentro/fora e em cima/embaixo.
- Noções de capacidade: cheio/vazio.

Ciências

- Conhecimento do próprio corpo.
- Hábitos de higiene e saúde.
- Órgãos dos sentidos.
- Partes do corpo.

Artes:

- Expressão musical: músicas
- Expressão plástica: desenho e pintura.

VII – RECURSOS –

- Livros, revistas e cartazes.
- Papeis, cola e giz de cera.
- Tinta, pincéis.
- Fantoches.
- Alimentos.

VIII – AVALIAÇÃO –

- Observação da criança durante as atividades.
- Anotações no registro.
- Trabalhos realizados pelas crianças.
- Diálogo com a criança e seus familiares.

IX – DURAÇÃO –

Um mês.

X – ATIVIDADES –

1- Apresentar uma maçã embrulhada. A seguir deixar as crianças fazerem exploração tátil, e falar o que é. Depois desembrulhar a fruta permitindo que a toquem novamente e sintam seu cheiro.
Fazer a degustação da maçã.

Depois de tocarem a maçã sem ver, a maioria das crianças disse que era uma bola. A Júlia disse que era um ovo e apenas o Arthur acertou, dizendo que era uma maçã.
A maioria das crianças identificou a cor da maçã como vermelha.
Antes da degustação conversamos sobre a importância da higiene com os alimentos, não esquecendo de lavá-los bem antes de comer.
Depois que comeram disseram que a maçã estava docinha e gostosa.

2 – Apresentar cartazes com frutas na cor vermelha para serem identificados pelas crianças.

As crianças identificaram a maçã, o morango e a melancia (fatia). Só não conseguiram identificar a acerola.
Comparamos o tamanho e a cor e elas perceberam que todas eram vermelhas; a melancia era a maior e a acerola a menor fruta.

3 – Atividade gráfica: recortar e colar pedacinhos de papel color set vermelho livremente..

Algumas crianças tiveram dificuldade para fazer essa atividade, principalmente na hora de recortar a dedo o papel: Gabriel, Fernanda, Joabe, Jullio, Natan e Stefani.Eles puxavam em vez de rasgar.

4 – Contação da história: “O Sanduíche da Galinha”.

Depois da contação da história conversamos sobre a importância da alimentação variada.

5 – Contação da história “A Branca de Neve”. Destacando a maçã vermelha que a bruxa envenenou.

Algumas crianças já estão bem mais atentas e dirigem seus olhares curiosos para as histórias.

6 - Atividade gráfica - Recortar papel e colar dentro da figura de uma maçã.

Antes da atividade aproveitamos para falar o nome de alimentos que comemos diariamente. As crianças disseram: salada, macarrão, carne e pão.

7 – Observar na sala vários objetos na cor vermelha: papeis, brinquedos e outros objetos.

Eles ainda tem uma certa dificuldade para observação. Pedi para que olhassem a própria roupa (quem estivesse de uniforme) e constatasse a cor vermelha do shorts. Vimos alguns objetos na sala também nessa cor.

8 – Apresentação de uma fruta de sabor azedo, a seguir fazer a degustação.

Como elas desconheciam a acerola eu levei um pouco para que pudessem conhecer e também provar.
Elas viram, cheiraram, e perceberam que também eram vermelhas como a maçã. A seguir contei uma adaptação da história Chapeuzinho Vermelho com fantoches. Na cestinha em vez de docinhos ela levava acerolas para a Vovó, que estava resfriada.
As crianças puderam ver a cestinha cheia de acerolas..
Depois elas experimentaram as frutinhas. O Arthur disse que era “azedinha”. Para minha surpresa a maioria gostou e pediu mais.
Não gostaram da fruta: a Maria Eduarda o, Jullio e o Natan.
Trabalhamos aqui os conceitos dentro e cheio. Conversamos bastante e eles também puderam ver a cestinha cheia de acerolas

9 – Fazer e colar bolinhas de crepom dentro da figura de uma cesta, representando a cesta cheia de acerolas.

Antes da atividade contei a história “Balaio de Rato”..
O Natan apenas recortou o papel e colou, não conseguiu fazer as bolinhas de crepom.

10 – Observar na sala vários objetos na cor vermelha: papeis, brinquedos e outros objetos.

Eles ainda tem uma certa dificuldade para observação. Pedi para que olhassem a própria roupa (quem estivesse de uniforme) e constatasse a cor vermelha do shorts. Vimos alguns objetos na sala também nessa cor.

11 – Atividade gráfica: pintura com tinta guache vermelha e pincel.

Essa atividade agradou muito as crianças. Só algumas tiveram um pouco de dificuldade de pintar com o pincel, a maioria saiu-se muito bem.

12 – Estabelecer comparações entre o tamanho de duas frutas como: a melancia (grande) e a acerola (pequena).

Não tiveram problemas em reconhecer esses conceitos.

13 – Colorir a figura de uma melancia com giz de cera.

Ante de colorir, eles viram um cartaz com uma moça comendo melancia e disseram que já tinham comido esta fruta..

14 – Contação da história “Ronque, ronque”. Conversar sobre a importância da alimentação para o crescimento.

Além da contação, mostrei também cartazes onde as crianças puderam ver as diferentes fases da vida de duas crianças, um menino e uma menina, desde o ventre materno até a velhice. Conversamos sobre a necessidade que a criança tem de alimentos líquidos (pela falta dos dentinhos), e depois que passa a comer de tudo, pois já pode mastigar e ainda a troca de dentes. Pedi à uma criança de 6 anos para mostrar a falha provocada pela queda de um dente de leite “a famosa janelinha”.
Falamos ainda sobre a escovação dos dentes e as crianças também viram cartazes sobre isso..
Percebi que algumas não conseguiram prestar atenção e nem olhavam os cartazes como: Natan, Stefanie, Gabriel, Jullio, Fernanda e Maria Eduarda.

15 – Apresentação de um alimento (amarelo) embrulhado. Fazer exploração sensorial e degustação.

O alimento apresentado foi uma banana. Ao contrário da maçã mais crianças acertaram que era uma banana. Algumas disseram que era chocolate. Durante a degustação o comentário é que a banana era doce e gostosa.

16 – Apresentação de cartazes com alimentos na cor amarela: caju, milho, maracujá e abacaxi.

As crianças não reconheceram o caju e o maracujá.
Depois observamos na sala objetos na cor amarela.

17 - Atividade gráfica: colorir uma folha com giz de cera amarelo.

Todas as crianças conseguiram executar essa atividade sem dificuldade.

18 – Contar a história “Fofinho” e depois cantar a musica “Pintinho Amarelinho”.

A maioria das crianças, ainda tem muita dificuldade para falar e por isso também não consegue cantar direito.

19 - Atividade gráfica: colorir a figura de um pintinho com giz de cera amarelo.

As crianças com mais dificuldade de pintar dentro da figura foram: O Jullio e o Guilherme.

20 – Apresentação de um alimento que possa ser misturado à água para se fazer suco. Aproveitar para trabalhar o “Dia mundial da Água”.

O alimento apresentado e explorado primeiramente pelo tato, depois pelo cheiro foi um limão.
As crianças não reconheceram pelo tato, mas pelo olfato.
Vimos sua forma arredondada e sua cor verde como as folhas das árvores que vemos lá fora através da vidraça (visão).
As crianças experimentaram seu sabor e depois misturei com água e açúcar e fiz na presença deles uma limonada (paladar).
Beberam e gostaram muito.
Conversamos sobre a importância da água na nossa vida, dos animais e das plantas. Falamos sobre onde tem água em nossa casa, para que a utilizamos e como não devemos desperdiçá-la.

21 – Contação de histórias que abordem o tema “água”.

Contei duas histórias que mostram a importância desse tema: “O Barco” e “A Baleia”. Conversamos sobre as duas histórias e também de onde encontramos água em nossa casa: chuveiro, torneiras, vaso sanitário, etc.

22 – Pesquisa em revista: fotos de água (piscina, mar, rio etc)

Antes da pesquisa vimos alguns cartazes com fotos de água: cachoeira, mar, chuva, piscina, etc.
Depois que pesquisaram, recortei as figuras e elas colaram. Algumas crianças não conseguiram encontrar nenhuma figura.

24 – Contação de história com fantoches: “João pequenino”

A história fala de um menino que não tinha forças para brincar, andar, correr, pois não se alimentava direito, muitas vezes se recusava a comer.
Foi ficando fraquinho e não crescia, até que sua mãe o levou ao médico. Precisou tomar soro e injeções de vitamina e a partir daí passou a se alimentar direito, cresceu e se tornou saudável. (trabalhando o esquema corporal).
Depois da história conversamos sobre a importância das vacinas para nos proteger das doenças.

Observação: Encerrando esse projeto trabalhei a Páscoa através de: histórias, cartazes, musicas e atividades gráficas.
As crianças também foram caracterizadas de coelhinhos e ganharam um ovinho de chocolate.
Também participamos da Comemoração e homenagem às Merendeiras produzida pela turma da professora Rosangela (5ª etapa).

XI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Pela própria imaturidade das crianças houve certa dificuldade na execução do projeto, principalmente nas atividades referentes à linguagem. A atenção principalmente para a contação das histórias melhorou. Creio que as atividades mais significativas para elas foram aquelas que envolveram exploração sensorial e degustação.
Quanto as atividades gráficas o desempenho foi razoável e esperado para esta faixa etária. Elas já estão mais seguras para trabalhar com certos materiais.

XII - BIBLIOGRAFIA:

Livrinhos Infantis:

FRANÇA, Mary e Eliardo. “O Sanduíche da Galinha”. Ática.
FRANÇA, Mary e Eliardo. “Balaio de Rato”. Ática.
RANGEL, Dulce. “Ronque, Ronque”.Moderna.
NORONHA, Teresa. “Fofinho”. Ática.
FRANÇA, Mary e Eliardo. “O Barco”. Ática.
FELDMAN, Cláudio. “A Baleia”. FTD.